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16 05 SBCAT Raquel noticia 1Raquel Massad Cavalcante é professora da Escola de Química da UFRJ, atuando como coordenadora de graduação de Engenharia Química noturno e da especialização de Engenharia de Processos Upstream. Raquel iniciou sua trajetória na catálise em 2004 durante a graduação no NUCAT/COPPE/UFRJ, quando desenvolvia catalisadores para desidrogenação de propano. Mesmo tendo trabalhado em termodinâmica no mestrado, sua paixão por cinética e catálise a trouxe de volta no doutorado. Sua tese de doutorado teve como tema desenvolvimento de catalisadores e modelagem cinética para oxidação seletiva em correntes ricas em hidrogênio.
Sua pesquisa hoje foca em modelagem cinética e engenharia de processos sustentáveis, voltada para valorização de resíduos da agroindústria, biocombustíveis, energia limpa e captura e sequestro de carbono.

 

09 05 SBCAT Dulce noticiaSou professora titular de carreira na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com 18 anos de experiência dedicada à catálise no Brasil. Fui uma das fundadoras da rede norte-nordeste de catálise. Minha atuação na área de catálise tem sido fundamental para o avanço científico e tecnológico, incluindo a formação de diversos doutores que hoje contribuem significativamente para a pesquisa e desenvolvimento no Brasil e no exterior. Minha trajetória inclui a liderança e participação em inúmeros projetos como pesquisadora, abrangendo parcerias com organizações renomadas como GALP, TOTAL, FINEP e CNPq, fortalecendo a integração entre pesquisa acadêmica e inovação industrial.
Ao longo dos anos, desenvolvi e coordenei projetos importantes voltados para catálise e energia renovável, além de ter publicado mais de 300 artigos em periódicos internacionais, incluindo mais de 80 focados em catálise e biomassa, o que evidencia o impacto de meu trabalho na comunidade científica global. Atualmente, coordeno o Laboratório de Tecnologia Ambiental (LABTAM) da UFRN e lidero o laboratório de Hidrogênio SIS-H2, contribuindo de forma significativa para o avanço das tecnologias sustentáveis e energias renováveis com o nosso grupo de biomassa. Também estou à frente da área de catálise e energia na UFRN, consolidando minha posição como uma referência nacional e internacional no desenvolvimento de tecnologias limpas, sustentáveis e de alta relevância para o futuro energético do Brasil."

Abstract
"I am a full professor at the Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN), with 18 years of dedicated experience in catalysis in Brazil. I was one of the founders of the North-Northeast Catalysis Network. My work in the field of catalysis has been fundamental to scientific and technological advancements, including the training of numerous PhD students who now significantly contribute to research and development in Brazil and abroad. My career includes leadership and participation in several projects as a researcher, involving collaborations with renowned organizations such as GALP, TOTAL, FINEP, and CNPq, strengthening the integration between academic research and industrial innovation.
Over the years, I have developed and coordinated key projects focused on catalysis and renewable energy, and I have published more than 300 articles in international journals, including over 80 on catalysis and biomass, showcasing the global impact of my work within the scientific community. Currently, I coordinate the Environmental Technology Laboratory (LABTAM) at UFRN and lead the Hydrogen Laboratory SIS-H2, significantly contributing to the advancement of sustainable technologies and renewable energies with our biomass group. I also head the catalysis and energy area at UFRN, solidifying my position as a national and international reference in the development of clean, sustainable technologies that are of vital importance for Brazil's energy future."

25 04 SBCAT Gabriel NotíciaAo contrário de muitos dos meus colegas pesquisadores — químicos e catalíticos — não fui uma criança encantada pela ciência, nem tão curiosa em entender como as coisas funcionam. Sempre fui mais amante da família, da natureza, das plantas, e dos animais. Um tanto indeciso, optei pela Química — muito mais por afinidade com a área e pela vontade de iniciar logo um curso superior do que por paixão. Foi apenas durante a graduação e pós-graduação, no Instituto de Química da UNICAMP, que fui me encantando pela área — e, principalmente, pela vida acadêmica e tudo que dela deriva: da pesquisa à docência, passando também pela atuação administrativa.
Minha jornada começou com um mergulho profundo na Química Inorgânica e na Físico-Química, áreas que sempre me atraíram, com foco em Ciência de Materiais. Durante a iniciação científica e o mestrado, no grupo da Profa. Heloise Pastore, a Lolly, tive a oportunidade de preparar e investigar catalisadores sólidos — como zeólitas e peneiras moleculares — e me fascinei pela complexidade das superfícies catalíticas e em como pequenos ajustes estruturais podem transformar completamente as suas propriedades.
O mergulho definitivo na catálise veio no doutorado, no grupo da Profa. Daniela Zanchet, onde trabalhei com catalisadores óxidos e suportados, estudando os fundamentos que conectam propriedades de superfície e mecanismos de reação — envolvendo catálise ácida, metálica e bifuncional. Trabalhei intensamente com reações modelo para valorização da biomassa, e acompanhei de perto colegas atuando com hidrogenação de CO₂, deslocamento gás-água, reforma, entre outras. Foi a minha maior escola. Durante o doutorado, tive a oportunidade de fazer um estágio no Cardiff Catalysis Institute, no Reino Unido, que ampliou ainda mais minha visão sobre o papel da catálise no desenvolvimento de soluções sustentáveis. Trabalhei com o Dr. Jonathan Bartley, ligado ao grupo do Prof. Graham Hutchings, grande referência na área.
Ainda na pós-graduação, tive o privilégio de me aproximar das técnicas de caracterização avançada com radiação síncrotron, no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron — uma verdadeira joia da ciência nacional. Dessa forma, no pós-doutorado, decidi me debruçar sobre esse campo. Hoje, na mesma instituição, atuo com técnicas avançadas de imageamento por raios-X para acompanhar, quase em tempo real, a evolução de catalisadores durante as reações, sob a supervisão do Dr. Florian Meneau. É um privilégio poder trabalhar com ciência de ponta, podendo explorar a catálise de forma destrinchante.
Finalmente, posso dizer que a catálise acabou definindo a minha carreira, e a maneira como quero contribuir com a sociedade enquanto profissional. Ser parte da SBCat é uma maneira de retribuir tudo que essa área tem me proporcionado — e de incentivar outros jovens pesquisadores a trilharem esse caminho, invariavelmente transformador.

02 05 SBCAT Rodrigo NotíciaNasci em 15 de agosto de 1987 em Poço das Antas, uma cidade de colonização alemã do interior gaúcho. Descendente de alemães, cresci imerso nesta cultura, com o dialeto Hunsrückisch sendo o primeiro idioma que aprendi. Durante o ensino fundamental e médio, fui cultivando um interesse crescente pelas ciências exatas, o que me levou a optar pelo curso de Engenharia Química.

Em 2005, ingressei no curso de Engenharia Química da UFSM. A universidade foi um ambiente motivador para meus estudos, onde conheci pessoas de diversas regiões do Brasil. Fui aluno de Iniciação Científica (IC) no Laboratório de Química Industrial e Ambiental (LAQIA), onde desenvolvi atividades de pesquisa em Química Analítica, focando na determinação de elementos e compostos em amostras e no desenvolvimento de metodologias instrumentais. Também realizei IC no Laboratório de Recursos de Energias Renováveis (LRER) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o que me despertou para questões ambientais, como a poluição atmosférica e seus impactos na saúde e no clima.

Ao fim da graduação, decidi seguir na vida acadêmica, com o desejo de me tornar professor universitário. Inscrevi-me em dois programas de mestrado: Meteorologia no INPE e no Programa de Engenharia Química (PEQ) da COPPE/UFRJ. Optei pelo PEQ.

Chegou o tão aguardado dia da minha partida para o Rio de Janeiro, um lugar totalmente novo e desconhecido para mim. Lembro-me de que estava ansioso e cheio de expectativas. Cheguei na Cidade Maravilhosa no auge do Carnaval. A sensação de estar ali, naquela cidade vibrante, foi indescritível.

Ao ingressar no PEQ, fiquei particularmente fascinado pela pesquisa do Prof. Martin Schmal, que se dedicava à área de catálise heterogênea. Foi nesse momento que ingressei no Núcleo de Catálise (NUCAT), um laboratório de excelência reconhecido no Brasil e no exterior. A infraestrutura do NUCAT me impressionou, e o corpo técnico, composto por profissionais altamente qualificados, contribuiu ainda mais para o meu crescimento.

No PEQ, realizei tanto o mestrado quanto o doutorado em Catálise Heterogênea, e tive a coorientação do professor Fábio Souza Toniolo. Durante o mestrado, minha pesquisa focou no desenvolvimento de catalisadores à base de perovskitas suportadas em monolitos para produção de hidrogênio por oxidação parcial do metano. No doutorado, meu foco foi a preparação de óxidos mistos para a remoção dos gases poluentes NO e CO, um trabalho que teve grande importância para o meu amadurecimento como pesquisador.

Após a defesa do doutorado, decidi realizar um pós-doutorado no Laboratório de Tecnologia Enzimática da UERJ, com foco na degradação enzimática do PET, orientado pela Profa. Marta Antunes Pereira Langone. Durante esse período, trabalhei em um projeto financiado pela Petrobras.

Em 2016, fui aprovado no concurso para professor na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus Pato Branco, onde iniciei minha carreira docente. Minhas aulas abrangem disciplinas como Operações Unitárias, Controle da Poluição Industrial e Processos Industriais Orgânicos, tanto para graduação quanto para pós-graduação. Me apaixonei pela docência e tive o privilégio de ser homenageado pelos formandos em várias ocasiões.

Na UTFPR, sou orientador de trabalhos de IC, TCC, mestrado e doutorado. Minha principal linha de pesquisa segue sendo a Catálise Heterogênea, com foco em temas como descontaminação fotocatalítica de águas, redução seletiva de NOx, produção de hidrogênio de baixo carbono e biodiesel, além do desenvolvimento de nanopartículas magnéticas para hipertermia magnética.

Em 2025, tornei-me Pesquisador Colaborador no Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), onde atuo no Laboratório de Pesquisa e Inovação em Processos Catalíticos (LaPCat), desenvolvendo catalisadores inovadores para a transição energética, com ênfase na produção sustentável de hidrogênio e valorização de CO2 em produtos químicos de alto valor.

24 04 SBCAT Rusiene NotíciaRusi, como gosta de ser chamada, sempre estudou na rede pública de ensino, sua formação acadêmica teve início na Universidade Federal de Roraima (UFRR), sendo posteriormente consolidada na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde foram concluídos o bacharelado, o mestrado e o doutorado em Química. Desde a graduação, as atividades de pesquisa foram direcionadas à área de catálise heterogênea, com ênfase na preparação e caracterização de catalisadores metal suportado bem como os superácidos à base de mistura de óxidos, em especial o TiO₂. Esses materiais foram aplicados em reações de isomerização de alcanos e na decomposição catalítica do metano visando à produção de hidrogênio e carbono ordenado, especialmente nanotubos de carbono.

Desde 2008, como docente da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), tem desenvolvido e coordenado projetos que integram a síntese de catalisadores a aplicações em processos ambientalmente sustentáveis, incluindo a conversão de biomassa, valorização de resíduos agroindustriais e produção de insumos com alto valor agregado.

Atualmente, é professora Titular, e lidera um novo eixo de atuação que busca conectar os conhecimentos em catálise e ciência dos materiais ao projeto da Reserva Nacional de Surf da Praia do Francês. Por meio da UFAL e do Instituto Surf Carapeba, iniciativas estão sendo implementadas com foco no desenvolvimento de soluções sustentáveis para a preservação de ecossistemas costeiros e o reaproveitamento de resíduos sólidos locais. Trata-se de uma proposta interdisciplinar que fortalece a atuação da universidade pública na interface entre ciência, meio ambiente e sociedade.

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