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 NotíciaMinha história começa em 2007, quando ingressei no curso de Química Industrial da URI (Campus Erechim – RS), graças ao meu interesse pela investigação. Já no segundo semestre comecei a desenvolver meu primeiro projeto de iniciação científica, sob a orientação do Prof. Fábio Garcia Penha, no estudo de argilasorganofílicas. Com o decorrer do tempo e com forte incentivo da Prof. Sibele Pergher, comecei a participar de eventos científicos regionais e nacionais, o que me deu a oportunidade de conhecer diversos lugares do Brasil e a me familiarizar com a catálise.Ao final da graduação, realizei o estágio obrigatório sob a orientação do Prof. Marcelo Mignoni, que me iniciou na área que até hoje me encanta: a síntese de zeólitas.
Sabendo que queria seguir na área acadêmica e, motivado pela Prof. Sibele, participei da seleção de mestrado do PPGQ daUFRN, onde fui aprovado.Junto com minha esposa, Francine Bertella (Fran), fomos para o Rio Grande do Norte fazer o mestrado no LABPEMOL. O fato de ir morar em Natal pode ser considerado um dos catalisadores da minha (curta) trajetória pessoal e profissional. Fui muito feliz no curto período de tempo que fiquei lá... fiz vários amigos (alguns padrinhos de casamento) e contatos, saí pela primeira vez “de casa”, conheci uma cultura diferente e, através da Sibele e da concepção do 1º Ciclo de Palestras sobre Peneiras Moleculares, conheci meu (futuro) orientador de doutorado.Em 2013, me candidatei a uma bolsa do programa nacional “Ciências sem Fronteiras”, da CAPES, para realizar o doutorado pleno, no Instituto de Tecnología Química (ITQ) da UniversitatPolitècnica de València na Espanha, um dos centros de pesquisa mais importantes na área de catálise e zeólitas no mundo. Meses antes de defender o mestrado, soube que fui contemplado com a bolsa de doutorado integral no exterior, e alguns meses após a defesa fui morar na Espanha. E o melhor de tudo: minha esposa também iria fazer o doutorado pleno lá!
No doutorado ocorreu uma mudança significativa no que eu vinha fazendo na pesquisa. Deixei momentaneamente a síntese de materiais - que fiz ao longo da graduação e mestrado - para estudar catalisadores pela técnica de espectroscopia de absorção de raios X (XAS) em condições de operação,sob orientação do Prof. Fernando Rey e coorientação do Dr. Giovanni Agostini (hoje, grandes amigos). Trabalhar quase que integralmente com XAS foi bastante duro no início, porém, resultou em inúmeras oportunidades. Com o apoio do meu orientador, pude colaborar com diversos professores do ITQ e, chegando no fim do doutorado, tinha participado de mais de 15 tempos de medida em grandes instalações européias (síncrotrons e reatores de nêutrons). Ou seja, muitíssimas noites em claro.
Em julho de 2018 defendi o doutorado (com Cum Laude, pra minha alegria e de minha mãe, que viajou até a Espanha pra me ver virar doutor) e retornei em seguida ao Brasil. Entre agosto de 2018 e fevereiro de 2019 participei de várias seleções de pós-doutorado, nas quais não fui classificado. Então, sem pós-docs ou concursos em vista, aproveitei o momento para trabalhar em dados de XAS de pesquisadores colaboradores. Tive a oportunidade de trabalhar em um grande projeto,chefiado pelo Prof. Avelino Corma, o que posteriormente me rendeu publicações importantíssimas, as quais tenho muito orgulho em ter colaborado.
Em março de 2019, a convite da Profa. Katia Bernardo Gusmão e do Prof. José Ribeiro Gregório, iniciei um estágio de pós-doutorado no Laboratório de Reatividade e Catálise (LRC) do Instituto de Química da UFRGS, lugar que considero atualmente meu lar. Em agosto de 2020 fui selecionado como Pesquisador Visitante no PRH 50.1 (Programa de Recursos Humanos da ANP), cargo que me encontro atualmente e que iniciou um novo capítulo na minha trajetória profissional. No PRH, organizamos a série de webinars do PRH 50.1, que possui público catalítico cativo e já contou com a presença de diversos nomes importantes da catálise no Brasil e no exterior.
Na UFRGS, estou tendo a oportunidade de dar os primeiros passos como professor/pesquisador em instituição pública de ensino e pesquisa. Comecei minhas atividades docentes em disciplinas no Departamento de Química Inorgânica e em disciplinas específicas do PRH, na pós-graduação. Além disso, juntamente com a Profa. Katia Gusmão, oriento duas alunas de mestrado, na área de síntese, caracterização e aplicação de zeólitas e redes metalorgânicas (MOFs) em processos catalíticos. Também mantenho meu vínculo com a Profa. Sibele Pergher e o LABPEMOL, através da coorientação de um aluno de doutorado.
Por fim, gostaria de agradecer a todas aquelas pessoas que me influenciaram e compartilharam momentos durante essa curta, porém proveitosa trajetória. Como diz a “chefe” (Katia): “vamos nos divertindo pelo caminho”. A catálise e, consequentemente, a SBCat, têm um papel fundamental nisso!
Christian Wittee Lopes

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